terça-feira, 23 de setembro de 2008

Chegada das flores

Ontem estava eu esperando um ônibus em frente ao Shopping Eldorado, para voltar para casa. O dia foi entediante, nenhuma novidade no ar, só pensava em pegar o primeiro coletivo que fosse sentido ao meu bairro Campo Limpo. Primeiramente passou o Jd Mª Luiza e em seguida Rio Pequeno, ambos em direção a zona Oeste de São Paulo. Logo após chega o meu meio de transporte Pq. do Engenho, como sempre Lotado.
No meio a tantas pessoas que estavam tão cansadas quanto a min, me defrontei com um mestiço muito simpático. Enquanto o veiculo saculejava, por causa das ruas esburacadas que se aproximam do meu logradouro, eu ouvia sua conversa com seu amigo. Os dois falavam de suas rotinas aterefadas.
Enquanto ouvia o bate papo, o amigo fez uma afirmação que concordei sem me entrometer na conversa."Eu janto toda noite tão tarde, que quando acordo não tenho fome..."
...enfim o bom cidadão que não se sacrifica, nunca terá nada na vida!!!
Chegando ao largo do Taboão, o amigo chega ao destino e segue creio eu ao rumo de casa. O lugar antes ocupado pelo amigo agora passa a pertencer a mim. A troca de olhares começou a ficar intesa,enquanto o ônibus tomava partida para Estrada do Campo Limpo, surge um trânsito inesperadamente. Este foi o pretexto para que ele começasse a testar o contato.
Primeiramente ele perguntou se eu iria desser no próximo, eu disse que não, a conversa foi fluindo com assuntos referentes ao transito repentino. - Estranho esse congestionamento bem aqui não é?, disse eu. Ele simplesmente responde: - é, justo agora que falta muito pouco pra eu descer no meu ponto, o motorista bem que deveria descer aqui! - pois é bem que deveria mas eles nunca abrem!
Lentamente o coletivo seguia seu destino e a resposta das indagações sobre o tráfego apareceu, era um automóvel quebrado na em plena faixa da esquerda que fez aquele turdulhaço todo na nossa rotina.
Finalmente o ônbus para e nós nos despedimos com um simples tchau. Nossa eu nunca tinha visto aquele mestiço com um estilo descolado que morava tão próximo à minha casa, pois é conhencidencias as vezes acontece, segui sozinha o resto do meu caminho pensando naquele mocinho de olhinhos puxados talvez nunca mais terei o prazer de ver.