segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Resenha de um documentário da Vida Real


Abaixando a máquina: Ética e dor no fotojornalismo carioca


Documentário sobre o cotidiano de profissionais que se arriscam nos confrontos das favelas cariocas para fotografar cenas que fazem parte do cotidiano desses moradores


          Abaixando a máquina trata-se de um documentário desenvolvido por Guilhermo Planel com a colaboração da produção executiva de Berg Silva e Rafael Guimarães do fotógrafo do jornal O Globo, Domingos Peixoto, e o Núcleo de imagem em parceria com a Approach assessoria de comunicação do Rio de Janeiro.
          Estes profissionais tiveram como objetivo retratar os depoimentos de colegas da área que se arriscam diariamente para cobrir os fatos violentos que acontecem nos morros do Rio de Janeiro.
          Munidos de suas câmeras, os fotojornalistas seguem um percurso arriscado para registrar a realidade e apresentá-la à população, de acordo com o fotógrafo Marcelo Carnal “a imagem é o principal meio de abrir os olhos da sociedade.”

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

"Big Brother Brasil, um programa imbecil"

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.


Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.


Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.


Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.


Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.


O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.


Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.


Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.


Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.


Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.


Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.


A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.


Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.


Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.


Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.


É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.


Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.


A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.


E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.


E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.


E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.


A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.


Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.


Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?


Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…

(Antonio Barreto)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Forró raiz

A rádio USP apresenta, Programa Vira e Mexe


A rádio USP é uma rádio universitária estatal com fins educativos que tem como principal idéia abrir espaço para possibilitar a oportunidade de experimentos. Sintonizada na estação 93,7 FM esta rádio ainda não possui uma longa abrangência, porém possui um conteúdo eficiente para os ouvintes, a programação da rádio oferece gêneros musicais brasileiros, tais como o Samba, o Pop rock nacional e o forró pé de Serra, ritmos que marcaram época no decorrer da trajetória da musicalidade de grandes artistas populares.

“93,7 é uma radio 100% nacional enquanto a maioria das outras rádios é composta de 70% de músicas estrangeiras” afirma Silvana Pires diretora da radio que tem como intuito apresentar música brasileira de qualidade através de artistas que se formaram dentro da música popular brasileira, não se esquecendo de dar oportunidade aos novos artistas do ramo. De acordo com a diretora da rádio é como uma colcha de retalhos, pois tem a possibilidade de apresentar todos os gêneros nacionais.

Silvana informa que quando Paulinho Rosa apareceu junto com Dominguinhos, representante do gênero e entendedor do assunto, apresentando a proposta de gravar um programa que informasse tudo sobre o gênero Pé de Serra, ela não teve dúvidas em aceitar, pois o programa Vira e Mexe tem tudo a ver com o objetivo da rádio, que é apresentar trabalhos regionais de qualidade. – “Tocar música de raiz coincidiu com o propósito da rádio, na questão da educação”

O que realmente a programação da rádio trás é cultura e conhecimento para os ouvintes, pois na realidade, estes, não valorizam a cultura nacional, e, é isto que faz a rádio educativa; levantar a auto-estima da população ouvinte que considera as manifestações culturais arte menor, devido à ignorância com relação ao país multiétnico no qual vivem. “E as programações radiofônicas da 93,7 visam quebrar todo o tabu que gera um preconceito em relação às verdadeiras vozes da canção brasileira.” Disse Silvana.

Paulo Rosa sócio da casa de forró Canto da Ema, produtor e apresentador do programa Vira e Mexe, conta que freqüentou o curso de Ciências Sociais e Direito, porém não os concluiu e que no ano de 1991, freqüentava os bailes de forrós que eram destinados aos nordestinos de classe baixa, desde então largou tudo para se tornar forrozeiro e se dedicar ao ritmo.

A idéia da criação do Vira e Mexe, partiu do produtor cultural, que cursou radio e locução pelo SENAC, para adquiri a DRT (espécie de registro na delegacia regional do trabalho), além disto, ele confirma que gosta muito do veiculo de comunicação o rádio, segundo Paulo, o rádio é um equipamento portátil que estar em todos os lugares fazendo companhia as pessoas, algo diferente da televisão que precisa de uma tomada para transmitir qualquer informação.

Para confirmar o principio desta idéia Paulo cita o Apagão do ano de 1998, pois devido ao ocorrido o único meio que pode transmitir com precisão o que ocorreu foi o rádio e ligado a este fator ele intensifica que as ondas radiofônicas são muito eficazes no meio de comunicação.

Após um show de sanfoneiros na casa noturna, a assessoria da casa marcou uma entrevista na radio USP e junto com Dominguinhos, Paulo Rosa apresentou à Silvana o projeto que ele vinha estudando há muito tempo com o sanfoneiro, ao entender melhor sobre do que se tratava Silvana, junto com a produção da rádio concordou em dar oportunidade ao novo experimento. Paulo conta que antes de tentar a emissora de rádio, ele havia tentado muitas outras rádios comerciais e sempre as respostas eram as mesmas um simples NÃO. Todo esse bloqueio é devido a não exposição que o ritmo brasileiro tem no mercado midiático.

De forma didática, Paulo equilibra a transmissão de cada episódio tornando palatável para os ouvintes, e, é através de novos artistas, tais como: Marisa Monte, Zeca Baleiro, e interpretações de Bob Dylan, que ele divulga o ritmo nordestino, originado de Luiz Gonzaga, Jackson do padeiro, Marines entre outros mestres. Segundo o apresentador é para que os jovens não se espantem com as gravações que antigamente tinham pouca qualidade de som. "É como apresentar os sambas de Cartola na voz de Beth Carvalho, pois na voz do artista real a gravação é muito antiga e ruim”.

Forró é um ritmo que possui uma literatura que deve ser divulgada como uma espécie de “for all”, expressão que Paulo rosa, não aprova por ter uma hipocrisia em sua história, mas para difundir o ritmo ele apresenta da seguinte forma:Forró universal, pois o seu intuito é apresentar a cultura musical nordestina de modo que isto venha minimizar o preconceito, através de um projeto sério.

  • Casa de Forró Canto da Ema: Av. Faria Lima, 364
Fone: 3813-3960
http://www.cantodaema.com.br/

  • Rádio USP: Av. Prof. Luciano Gualberto, travessa J, 374 1º andar
Fone: 3091-4425
www.radio.usp.br/programa