sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

E o sentido de hoje será Diadema, região do grande ABC

Os trajetos e as trajetórias que São Paulo oferece

Conversando com alguns colegas paulistanos descobri um local em Diadema município da grande São Paulo, que faz um trabalho de divulgação da cultura Hip Hop. Pesquisei na internet alguns dados sobre o local, entrei em contato com a instituição e num sábado chuvoso estava eu com um grupo de colegas da faculdade a caminho do Jardim Canhema para conhecer este ritmo originado no bairro periférico Bronx, EUA.

A princípio estava tudo dando certo. Combinamos de nos encontrar na estação Sé do metrô e de lá partimos munidos de câmeras fotográficas, filmadoras, guarda-chuva, agasalho e muita disposição.

A região é relativamente longe, pois cada um do grupo pertencia a uma determinada zona que divide a metrópole paulistana. Confesso que o percurso é de fácil acesso, porém São Paulo não combina trânsito com temporais.

O início da viagem foi praticamente tranqüilo, mas a volta foi muito cansativa. Como passamos o dia inteiro conversando com os militantes do ritmo, freqüentadores, assistindo apresentações e etc., a volta era de se esperar, mesmo que fosse uma tarde de sábado, havia muitos trabalhadores voltando de sua jornada, e outras pessoas voltando dos passeios e das compras.

Da estação Jabaquara (linha azul) até a estação Barra Funda (linha vermelha), o ritmo do vagão é lento, tão lento que chegava ao máximo 20 km por hora, principalmente em dias assim: chuvosos. Me senti dentro de uma Maria Fumaça dos anos 30.

Chegando à Barra Funda me deparei com um monte de placas: Terminal rodoviário, Ponte Orca, Metrô, CPTM, Terminal Urbano. Nossa! São tantas sinalizações que causa uma poluição visual em minha mente, que mais atrapalha do que ajuda. Fiquei um tempo parada nas catracas próxima a saída analisando. - Como os analfabetos, e deficientes visuais conseguem se localizar a tantas informações mal organizadas? Acredito que já se acostumaram a sobreviver no meio dessa selva arquitetada por engenheiros que desenvolvem melhorias esplendorosas.

Bom, no vai e vem dos nossos meios de transportes urbanos a cidade continua seu desenvolvimento a todo vapor, entre tragédias que já se tornaram cotidianas, as pessoas de todas as partes do mundo buscam na cidade cosmopolita, diversão, cultura, aprendizado e, é daqui que muitas venceram seus objetivos e conquistaram o seu sucesso profissional.

E foi neste dia que tive mais uma surpresa em São Paulo, um grupo de Hip Hop italiano veio participar de um evento na casa de cultura e trocar experiências com os brasileiros sobre o estilo, que hoje tem abrangência internacional, e que apresenta um pedaço característico da capital.

Depois de pegar tanta condução: Ônibus, metrô, trólebus, desce, sobe a pé, vira direita, segue em frente, chegou. Curti, hora de voltar pra casa, senão fica muito tarde, pega trólebus novamente, espera o próximo vagão, dá sinal pro ônibus ele está lotado, até que enfim consigo sentar, ofereço o acento pro idoso, mais uma parte do percurso em pé, próximo ponto o motorista pára e abre a porta, desembarco e neste processo passa-se semana e final de semana e nada muda. Chego em casa por volta das 21h00 tomo banho, janto, conto as novidades do dia, e vou dormir, pois amanhã terá um próximo local para desvendar.

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